Muitos homens têm consciência suficiente para temer o pecado, mas não suficiente para salvá-los dele.
C. H. Spurgeon
Não consigo refletir qualquer coisa acerca da salvação, sem ter primeiro o pecado como ponto de partida. Pecado e salvação estão diametralmente opostos. Quanto mais “escuto” o que a Bíblia diz sobre a natureza depravada do homem, mais me certifico da Graça. Quanto mais “vejo” a vida cotidiana dos nossos heróis da fé, mais clara se torna a mensagem do amor do Pai.
O estrago feito pelo pecado só pode ser medido pelo preço pago. O preço foi tão alto, que nós não podemos pagar. Tão caro, que só Deus por meio do Filho pode quitar. Visto dessa forma, o pecado “joga luz” sobre a questão da salvação. Não aconselho começar uma discussão sobre livre arbítrio e predestinação sem primeiro considerar o diagnostico bíblico sobre a natureza pecaminosa do homem. A Lei funcionou como um “cala boca” Divino para o homem (Rm 3;19) e a Graça como um “golpe” no orgulho humano (Ef 2;8). A lei perfeita do Senhor revelou as vísceras de nossa maldade, quando percebeu-se a incapacidade absoluta em cumpri-la. Já a graça, confronta a nossa absoluta dificuldade em admitir a gratuidade da salvação, visto que essa é a dinâmica do amor de Deus, fazer-nos entender que não fizemos nada e nada há que ser feito para que sejamos salvos. Como já foi dito, Deus fez o homem inteiro, portanto a queda foi inteira. Sendo assim, o pecado bem utilizado, nada mais é do que um reconhecimento absoluto da misericórdia de Deus em amar e se entregar por nós miseráveis. Bom, o principio da salvação é justamente sermos convencidos do pecado (...), pois se não fosse nessa ordem não entenderíamos do que exatamente fomos salvos. Que possamos disputar com o principal dos pecadores -Paulo, um espaço na graça absoluta do Eterno.
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